segunda-feira, julho 10, 2006

Cores e sabores dos sons












Elizabeth Sulston, é uma flautista suiça, de 27 anos, que toca flauta de bisel, e tem fascinado os neuro-cientistas, com a sua capacidade de associar as notas musicais não só a cores, mas também a sabores. A nota dó, por exemplo, corresponde à cor vermelha e o fá ao violeta. Um intervalo musical de sexta menor, sabe-le a creme e um de quinta a água pura.

Elizabeth Sulston, "ouve notas musicais e tem a percepção do seu sabor", confirmou à "
Nature", Michaela Esslen, da Universidade de Zurique, na Suíça. "Esta mulher não imagina os sabores, ela saboreia-os de facto", sustentou. "Quando Elizabeth ouve uma determinada peça musical, ela automaticamente experimenta um sabor na língua", acrescentou a especialista.

A condição na qual o cérebro liga dois ou mais sentidos é conhecida como sinestesia. Algumas combinações de sentidos são relativamente comuns, mas é a primeira vez que se verifica esta capacidade como sendo útil para a execução de uma tarefa mental, tal como a identificação de uma terceira maior.

A
sinestesia, ou fusão de sensações, é uma capacidade que possuem apenas uma em cada 25.000 pessoas, e é mais comum em mulheres do que em homens. Sabemos agora que há pessoas para quem “ver com olhos” deixou de ser um pleonasmo, e que percepcionam um estímulo com mais que um dos sentidos.

O que causa a sinestesia ainda não é conhecido, só sabemos que é hereditária. Seja como for, uma coisa é certa: cheiros coloridos nem sempre são alucinação ou recurso estilístico. Graças à Neurociência, está hoje em dia provado que há de facto quem sinta "o fogo que arde sem se ver".

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